quinta-feira, 24 de maio de 2018


FLÁVIO TINÉ LULA DA SILVA

Tenho pensado muito em alternativas. Preciso de algo que substitua o noticiário, modifique a rotina, traga novas tarefas para ocupar o tempo que se perde ouvindo cachorro latir, telefone tocar e a secretária do lar reclamando da falta de açúcar, café ou banana.
Não adianta dar dinheiro para suprir tais necessidades, porque outras queixas hão de surgir. Pode não faltar gás, mas quebra-se um copo, a vassoura não presta mais, ou lá vem aquele vizinho perguntar se tem jornal velho para as necessidades do cachorro dele. Sou dos poucos que ainda compram jornal de papel, e ele sabe disso.
Uma das vantagens do ócio é descobrir na televisão documentários sobre a vida e a obra de Paco de Lucia. O pai era violonista, daí sua paixão pelo flamenco. Meu pai também tocava violino na igreja e nem por isso virei músico. Apenas arranho algumas notas ao violão.   
Quero apenas acordar de madrugada ouvindo Silvio Caldas. Sei que é difícil cantar como ele, tocar como Baden Powell, compor como Vinicius. Mas é fácil curtir. Às vezes passo a madrugada ouvindo música.
Outro dia, um médico sugeriu que parasse de sonhar. Chega de Gisele Bündchen, Bruna Marquezine e musas que tais. Daí, me apaixonei pela pianista russa Olga Scheps (vide YouTube).
Já que não sei escrever como Osman Lins nem cantar como Mônica Salmaso, contento-me com a imagem das mulheres bem-sucedidas do Facebook ou com as companheiras da hidroginástica.
Só não me peçam para acrescentar Lula no nome. Sou apenas Flávio Tiné, e olhe lá...